Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 8 de maio de 2025

A fábrica da Volvo, em Curitiba, celebrou nesta quinta-feira (8) a produção do primeiro chassi de ônibus biarticulado elétrico da montadora, que é a única atualmente com capacidade para fabricar em escala o modelo, que já pode ser exportado para atender sistemas BRT de todo o mundo.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve na fábrica no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC) para a apresentação do modelo BZRT, que tem zero emissões de CO2 e baixíssimo nível de ruído. Com fabricação exclusiva na unidade brasileira da Volvo na capital paranaense, ele será produzido nas versões articulada e biarticulada.

O novo produto foi desenvolvido dentro do ciclo de investimentos de R$ 1,5 bilhão da Volvo no País, feito no período de 2023-2025 com apoio do Paraná Competitivo, programa de incentivos fiscais do Governo do Estado. “O Paraná traz, por meio da Volvo, essa solução para o transporte público. Um ônibus 100% elétrico, com tecnologia brasileira, desenvolvido aqui no Estado”, destacou o governador.

“É um orgulho para o setor industrial do Paraná, que foi eleito por quatro vezes consecutivas como o Estado mais sustentável do Brasil. Quem utiliza o transporte público poderá andar em um ônibus muito mais silencioso, sem poluição sonora, mais confortável e econômico, e que não usa combustível fóssil”, ressaltou Ratinho Junior.

O Volvo BZRT biarticulado tem 28 metros de comprimento e capacidade para até 250 passageiros. Com alta eficiência, é capaz de levar o mesmo número de passageiros de um metrô, mas com custos de implantação e operação muito menores, e ainda com o mesmo benefício de zero emissões.

“O início da produção no Brasil marca um passo importante no compromisso da Volvo com a descarbonização dos transportes. Temos a meta de zerar as emissões de CO2 de nossos veículos até 2040. A oferta de ônibus elétricos de alta capacidade é parte dessa iniciativa”, salientou o presidente da Volvo Buses América Latina, André Marques.

“Através do talento do povo curitibano e paranaense, conseguimos desenvolver um produto que é referência para o mercado, utilizando a experiência que temos com o BRT, que começou aqui na cidade de Curitiba”, ressaltou Marques. “Esse modelo de mobilidade, que foi exportado para todo mundo, vem agora em sua versão elétrica, com zero emissões e zero ruído. Isso permite mais qualidade de vida para os passageiros e para os vizinhos que moram e vivem no entorno das áreas onde os ônibus operam”, complementa o executivo da Volvo.

O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentou, destacou que a Capital prevê fazer neste ano a nova concessão do transporte coletivo, que terá a descarbonização da frota como um dos requisitos. “Curitiba sempre foi referência em transporte público, sendo pioneira na implantação do BRT há 50 anos. Com a nova concessão, daremos prioridade a veículos sustentáveis, com menos emissão de gás carbônico, incluindo veículos elétricos, híbridos ou movidos a biocombustível”, disse.

100% ELÉTRICO – O BZRT é um veículo 100% elétrico, equipado com dois motores de 200 kW cada, totalizando 400 kW, o equivalente a 540 cavalos. O chassi pode contar com até oito baterias, com 720 kWh de capacidade total, com autonomia para percorrer de 250 km a 300 km. O tempo de recarga varia entre 2 e 4 horas, dependendo do tipo e potência da estação de carregamento.

Os motores ficam na parte central, abaixo do piso, garantindo melhor distribuição de peso e equilíbrio dinâmico. As baterias também estão na parte de baixo, permitindo carrocerias com salão completamente livre para os passageiros. O veículo elétrico utiliza o mesmo quadro de chassi, eixos, sistemas de direção e suspensão robustos e de alta capacidade que equipam o biarticulado tradicional, uma configuração que garante qualidade e confiabilidade aos ônibus.

O BZRT é equipado com avançados dispositivos de segurança ativa, dentro da proposta de Zero Acidentes prevista pela Volvo para seus veículos. Entre eles estão câmeras para detectar situações de perigo que o motorista pode não antever, bem como sensores frontais e laterais nos pontos cegos para proteção de pedestres, ciclistas e outros usuários das vias. AEN – Foto Ari Dias

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