Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 14 de dezembro de 2024

Em razão da patente militar de oficial superior, o Braga Netto não ficará em prisão da Polícia Federal, será conduzido para o Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

Documento era um esboço simples, sem detalhes, denominado de “Operação 142” e finalizava com a frase: “Lula não sobe a rampa”. 

A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto. Ele é um dos alvos do inquérito que apura a tentativa do suposto golpe de Estado no país após as eleições de 2022. O motivo da ordem de prisão foi baseada no pretexto de que ele estaria atrapalhando as investigações, “na livre produção de prova durante a instrução do processo penal”. 

Braga Netto foi preso no Rio de Janeiro. A PF realiza buscas na casa do general, em Copacabana.

Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

O general foi candidato a vice-presidente em 2022 na chapa com Jair Bolsonaro. Antes, ocupou os cargos de ministros da Casa Civil e da Defesa na gestão de Bolsonaro. Em 2018, comandou a intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro. 

Os agentes cumpriram ainda mandado de busca e apreensão na residência do coronel Peregrino, assessor de Braga Netto. 

Em relatório enviado ao STF, no mês passado, a Polícia Federal apontou que Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de obstrução da investigação. Na ocasião, a PF indiciou o militar e mais 36 acousados, entre eles o ex- presidente da República Jair Messias Bolsonaro. 

A Polícia Federal (PF) apurou ainda que uma das reuniões realizadas para tratar do plano de ação de intervensão, com ituito de impedir a posse e suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes  foi realizada na casa do general Braga Netto, no dia 12 de novembro de 2022.

Nas narrativa criada pela Polícia Federal, que consta no inquérito do suposto golpe, um rascunho escrito pelo coronel Peregrino, encontrado numa gaveta da sede do Partido Liberal (PL). Era um esboço de ações planejadas sem grande detalhes, denominada “Operação 142”.

O nome dado ao documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição Federal, que trata das Forças Armadas e da perrogativa de intervensão. Segundo a PF, era uma possibilidade aventada pelos investigados como meio de implementar uma ruptura institucional após o TSE anúnciar a vitória de Luiz Ináco Lula da Silva. O documento encerra o texto com frase “Lula não sobe a rampa”. 

Fonte: Agência Brasil .

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