Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 19 de novembro de 2024

Apesar disso, general de brigada Mário Fernandes tentou convencer Cid a falar com Jair Bolsonaro sobre suposto plano de caráter golpista

Em depoimento prestado na sede da Polícia Federal em Brasília, o tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – disse que não conhecia o plano para tentar “neutralizar” o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo [Lula], não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”, declarou Fernandes em áudio enviado a Mauro Cid em 8 de dezembro, dias antes da diplomação de Lula, que ocorreu em 12 de dezembro.

“Pode deixar, general. Vou conversar com o presidente. O negócio é que ele tem essa personalidade às vezes. Ele espera, espera, espera, espera pra ver até onde vai, ver os apoios que tem”, respondeu Cid após as mensagens de Mário Fernandes.

Durante uma oitiva de aproximadamente três horas, Cid também admitiu que apagou mensagens e arquivos de seu celular. Mas, aos investigadores, declarou que “jamais imaginou” ter cometido algum tipo de irregularidade. Essa mensagem acima, por exemplo, estava entre aquelas que foram apagadas no celular de Mauro Cid.

Em nota oficial, a defesa de Cid declarou apenas que ele sempre esteve “à disposição da Justiça”.

Diante das omissões e contradições, a PF enviou um relatório ao ministro Alexandre de Moraes recomendando a anulação da delação premiada de Mauro Cid. Fonte: O Antagonista

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