Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 24 de fevereiro de 2025

Bate-boca na CCJ entre depuado e assessor termina na delegacia e vai para o Conselho de Ética

A confusão, desta vez, começou com uma discussão entre deputado Renato Freiras (PT) e um assessor de Márcio Pacheco (PSD), tendo culminado com bate-boca com ex-presidente deputado Ademar Traiano (PSD).

Depois do apoio do Partido dos Trabalhadores ao candidato do PSD na campanha eleitoral em Curitiba, o que se esperava seria um ambiente de mais cordialidade entre a oposição e situação na Assembleia Legislativa. Fato é que os integrantes da comissão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa não são os mesmos com a nova legislatura. Nesta segunda-feira (24), durante a segunda sessão do ano, a coisa despencou e a aparência harmonia degringolou. É bem verdade, que já era esperado — diante da composição da comissão, com Ademar Traiano (PSD) e Renato Freitas (PT) ombreados, e do histórico do embate entre eles no plenário do parlamento.

A confusão, desta vez, começou com uma discussão entre o petista e um assessor parlamentar do deputado Márcio Pacheco (PP). Renato Freitas afirmou que, durante sua fala, o servidor estava fazendo caras e bocas — o que teria irritado o petista.

“O senhor está com algum problema? Porque o senhor está me incomodando. Não tem educação e quer ter evidência aqui na sala da CCJ. Estou falando exatamente com você, rapaz (se referindo ao assessor). Porque se você começar a fazer mímicas e dar gargalhadas ou interferir na minha atuação parlamentar, terei que pedir para você se retirar”, disse o petista, até então, em tom calmo.

Pacheco “tomou as dores” do funcionário. “Ele é da minha assessoria e vai permanecer aqui. O senhor que faça a leitura do seu documento. Você não manda aqui”. Renato Freitas então subiu o tom. “Eu faço o que eu quiser. Quem é você, coronelzinho de meia pataca”. Foi neste momento, que Traiano intercedeu. “Eu exijo respeito de sua excelência. Aqui não tem coronelismo, mas sim um deputado”.

“Então exija respeito dele e daquele rapaz. Não tenho medo do senhor que é corrupto. O senhor é corrupto e não tem nem moral para falar”, retrucou Renato Freitas, relembrando a série de discussões com Traiano sobre o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) assinado pelo então presidente da Casa com o Ministério Público do Paraná em que ele confessa ter recebido R$ 100 mil de propina de um empresário que mantinha contrato com o Poder Legislativo.

Vale lembrar, que Ademar Traiano e Renato Freitas não foi surpresa e era questão de tempo. Mas o bate-boca não parou por aí e o caso foi parar na delegacia de Polícia Civil. Após o término da sessão, o assessor parlamentar e Renato Freitas acabaram se estranhando do lado de fora da sala da comissão.

O fato ocorreu momento depois da discurção na sala da CCJ, momento em que o deputado delegado deputado Tito Barrichello deu voz de prisão e acionou a Polícia, para uma assessora do deputado Renato Freitas, alegando preconceito e injuria racial contra sua assessora.

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