Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 11 de junho de 2025

Sessão Solene contou com presença de representantes de autoridades do Exército, personalidades civis e políticos

A Assembleia Legislativa do Paraná realizou, na manhã desta terça-feira (10), uma sessão solene em homenagem aos 256 anos de fundação do município da Lapa e aos 131 anos do Cerco da Lapa. A cerimônia, realizada no Plenário da Casa, foi uma iniciativa do deputado estadual Ney Leprevost (União) e contou com a presença de autoridades municipais, estaduais e representantes das Forças Armadas.

O Cerco da Lapa é um dos episódios mais marcantes da história militar e republicana do Brasil. Ocorreu durante a Revolução Federalista, em 1894, quando a cidade se tornou palco de um intenso confronto entre os legalistas (pica-paus), defensores da recém-instaurada República, e os maragatos, opositores federalistas liderados por Gumercindo Saraiva.

Com cerca de 600 defensores — entre militares, policiais e civis — a cidade resistiu heroicamente por 26 dias contra um exército inimigo estimado em 2 mil homens. A resistência permitiu que o governo federal reorganizasse suas tropas, consolidando a defesa da República. O episódio é lembrado até hoje como um símbolo de bravura e patriotismo.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Curi (PSD), exaltou o legado deixado pelos combatentes. “A Lapa é mais que um município, é uma referência de bravura, resistência e patriotismo. Celebrar o Cerco da Lapa é homenagear heróis que deixaram um exemplo de lealdade ao país”, afirmou.

O deputado Ney Leprevost, proponente da sessão, destacou o papel histórico da cidade e a importância de manter viva essa memória. “Nós precisamos preservar a história e vivenciar a memória paranaense. A Lapa tem um histórico muito importante de defesa da República. Quando os maragatos tentaram derrubar o regime, os lapianos resistiram bravamente, assim como havia ocorrido antes em Tijucas do Sul, sob liderança do capitão Leprevost. Essa resistência permitiu ao Marechal Floriano Peixoto reorganizar as tropas e garantir a defesa da República”, afirmou.

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