Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 2 de junho de 2025

As unidades do Armazém da Família amplia atendimento as famílias de baixa renda cadastradas como pessoa física e entidades sociais poderão se beneficiar do programa. As entidades terão que que atuam em Curitiba, e manter o cadastro que permite compras em maior escala, para ampliar o atendimento à população em situação de vulnerabilidade.

O modelo tem sido essencial para o trabalho de organizações como a Associação Iniciativa Cultural Passos da Criança, na Vila Torres, e a Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo – Parkinson Paraná, no bairro Água Verde. Ambas utilizam os produtos comprados nos Armazéns da Família para complementar ações de segurança alimentar, saúde e assistência social.

“Conseguimos garantir três refeições por dia para as 70 crianças e adolescentes que frequentam a associação e também oferecemos alimentação a pessoas da comunidade, incluindo em situação de rua. No ano passado, servimos mais de 21 mil refeições, sendo 9.500 só para os educandos”, relata Juliana de Souza, gestora da Associação Iniciativa Cultural Passos da Criança, que atua com educação, cultura e apoio comunitário na Vila Torres. “O programa Armazém da Família é fundamental para manter essa rotina de cuidados com qualidade e dignidade”, conta ela.

Na Parkinson Paraná, os alimentos comprados nos Armazéns contribuem com o atendimento humanizado a idosos diagnosticados com a doença de Parkinson. Localizada na Avenida Silva Jardim, 3.180, a instituição oferece serviços de saúde e assistência social em uma estrutura de 650 m², com mais de 40 mil atendimentos realizados nos últimos 12 meses.

“Ao atender uma população idosa, muitas vezes com mobilidade reduzida e em vulnerabilidade social, o acesso à alimentação adequada é um cuidado essencial”, afirma Sandra Salomão Cury Riechi, presidente da entidade. “O apoio da Prefeitura, por meio do Armazém da Família, permite que possamos manter esse cuidado de forma constante e qualificada”, salienta.

A instituição mantém uma farmácia que dispensa, em média, 230 mil comprimidos por mês, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), além de oferecer terapias como fisioterapia, psicologia, acupuntura, fonoaudiologia, arteterapia e coral. A associação é mantida por doações, eventos beneficentes, bazares, convênios públicos e por sua participação no programa Armazém da Família.

Segundo o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Leverci Silveira Filho, o envolvimento das entidades sociais fortalece a rede de proteção de Curitiba. “As organizações da sociedade civil são grandes parceiras na luta contra a fome e a insegurança alimentar. Com o cadastro especial, elas podem comprar em volumes adequados às suas atividades e, assim, ampliar o impacto social que já promovem em seus territórios. Esse é um modelo de solidariedade com estrutura e resultados concretos”, destaca o secretário.

Como funciona o cadastro

O primeiro passo é que um representante da entidade entre em contato com a Central 156 – pelo telefone ou chat online – para solicitar o Cadastro de Entidades Sociais n o Armazém da Família.

Em seguida, a entidade deve reunir a documentação exigida e entregar em um dos Núcleos Regionais da Secretaria Municipal da Segurança Alimentar e Nutricional a (SMSAN), onde será dado prosseguimento ao processo. Um técnico da SMSAN poderá realizar visita técnica para validar as informações e comprovar a atuação da instituição.

Entre os documentos exigidos, estão:

  • Estatuto Social com sede em Curitiba e comprovação de que a entidade é sem fins lucrativos;
  • Registro no CMAS, Comtiba ou CMDPI (ou ateste do Núcleo Regional após visita técnica);
  • Declaração de que os beneficiários possuem renda familiar mensal de até cinco salários mínimos;
  • Ata da eleição da diretoria em exercício;
  • RG e CPF do presidente e do tesoureiro da entidade.

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