Publicado por: Carlos Borges Bahia
Publicado em 16 de janeiro de 2025

Principal negociador do grupo disse que o grupo continuará buscando a destruição de Israel, com a “bússola” guiada pela conquista de Jerusalém

O principal líder do Hamas e principal negociador dessa organização terrorista no Catar, Khalil al-Hayya, elogiou o massacre de 7 de outubro contra israelenses como uma grande conquista e sugeriu uma repetição.

Em 7 de outubro, terroristas do Hamas invadiram de madrugada Israel de surpresa e assassinaram 1.200 pessoas entre as quais, mulheres, crianças e idosos, e ainda levaram como escudos cerca de 250 outros sequestrados, desencadeando a guerra em Gaza.

Khalil al-Hayya descreveu esse massacre, o mais mortal de judeus em um único dia desde o Holocausto, como uma “conquista militar” e “uma fonte de orgulho para o nosso povo que será passada de geração em geração”.

Discurso

O comentário foi feito na quarta-feira, 15 de janeiro, em um discurso televisionado no Catar, no qual o líder do Hamas também classificou de “momento histórico” o acordo de cessar-fogo negociado sob sua liderança.

O principal negociador do Hamas disse ainda que, apesar de pedir o fim da guerra, o grupo continuaria buscando a destruição de Israel e que sua “bússola” continuaria sendo a conquista de Jerusalém.

Al-Hayya não assume os erros de haver colocado os moradores da Palestina no meio do conflito, prefere atrela a culpa da guerra a Israel, e acusa de cometer o “pior genocídio da era moderna” na faixa de Gaza e prometeu que os crimes não seriam esquecidos nem perdoados.

Ele exaltou o papel do Hamas como “resistência” e elogiou o apoio de grupos terroristas aliados como o Hezbollah e os Houthis, em suas ações contra Israel.

Implementação do acordo

Apesar de uma disputa sobre os detalhes do acordo de cessar-fogo na guerra de Gaza, o governo dos EUA assume que o cronograma será cumprido:

“Estou confiante, e espero realmente que a implementação comece no domingo, como dissemos”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma entrevista coletiva em Washington.

Na quarta-feira, 15, o mediador Catar anunciou um avanço nas negociações entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

O acordo entre Israel e o Hamas deve entrar em vigor no domingo e será aplicado inicialmente por 42 dias.

No entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acusou a organização islâmica na quinta-feira, 16, de se recusar a consentir com partes do acordo. O Hamas negou a acusação e reconheceu o acordo.

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