O Debate foi no estilo de faroeste, com troca de tiro entre os candidatos.

A RICTV promoveu neste sábado (19) o debate mais quente do segundo em Curitiba, entre os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB).

ANÁLISE DOS PRINCIPAIS MOMENTOS DO DEBATE ENTRE EDUARDO E CRISTINA

Na medida em que as e eleição se aproxima os debates ficam mais acirrados, com troca de acusações entre os candidatos. Curitiba escolheu no primeiro turno, dois bons candidatos de famílias tradicionais, e com perfis conservadores.

Vale lembrar que o povo de curitibano é naturalmente conservador, e, vai escolher o seu futuro prefeito, não tanto pelas promessas, mas pela confiança e identidade com o candidato, vai ter peso na hora da decisão também o grupo político que cada qual escolheu. Paulo Martins do PL, partido do Bolsonaro, por exemplo, é um estranho no ninho da esquerda. Talvez seja essa a razão pela qual passou toda a campanha escondido.

O Eduardo Pimentel foi preparado e tem bom perfil para a política, porse fizesse uma campanha solo, poderia ter mais sucesso na sua campanha. O erro do primeiro turno se repete no segundo, ao querer se fortalecer junto com políticos, que são figuras rejeitadas em Curitiba. Eduardo se juntou com 8 partidos dominados pelas antigas raposas das velhas que o povo não quer mais. Agora se juntou ao grupo do PT que tem tremenda rejeiçao em Curitiba.

Cristina Graeml, optou por uma eleição simples, sem figurões da velha política, sem dinheiro, sem tempo de rádio e TV. Contudo, ela foi a única entre todos os candidatos, que entendeu os anseios da sociedade e por isso, é a legítima representante da vontade do povo. Cristina não é um produto de marketing, idealizado pelo marqueteiro, mas uma personalidade que tem identidade com a alma do povo de Curitiba.

DEBATE

Eduardo Pimentel, praticamente não apresentou propostas relevantes, apenas prometeu fazer aquilo que já deveriam ter feito, isso é ruim para o político. Provavelmente o seu marqueteiro orientou ocupar o tempo tentando desconstruir a imagem da Cristina, atacando o seu projeto para o transporte público, o vice da campanha e o presidente do partido.

Cristina Graeml, por sua vez tentou apresentar algumas propostas, mas passou o tempo tentando se defender e rebater os ataques, Cristina sabe que precisa ocupar seu tempo de TV e Rádio para conquistar o outro público que ainda não a conhece suas propostas.

ESTRATÉGIA DE CAMPANHA

O marqueteiro quando não consegue fazer seu candidato crescer no conceito popular, ele se utiliza de ataque ao adversário com descontração das propostas com intuito de gerar no eleitor dúvidas e confundir a opinião pública.

TROCA DE ACUSAÇÕES

– Eduardo disse que Fabiano Santos, presidente do Partido da Mulher Brasileira foi preso e Jairo Filho, vice da campanha teve processo judicial, por conta de desfalque financeiro contra uma idosa.

– Cristina, contra-atacou dizendo que o tio de Eduardo Pimentel, Nelson Slavieiro, foi condenado e preso por exploração de trabalho análogo a escravidão.

– Eduardo – apontou que o partido da Cristina está envolvido com o Psol de Boulos em São Paulo.

– Cristina rebateu, e disse que Eduardo esconde a podridão, está com o PT de Gleisi e Vanhoni, e o PSD do Eduardo é o mesmo do Kassab, está com tudo que não presta, inclusive o PSD do Rodrigo Pacheco, parceiro da ditadura da toga e do governo Lula.

– Eduardo disse que ele atende todos os convites de entrevistas, e acusou Cristina de fugir das entrevistas da imprensa e de jornalistas independentes.

– Cristina explicou que estava com problema de saúde, razão pela qual não conseguiu agendar entrevistas.

-Eduardo disse que a candidata Cristina Graeml não tem expriência e duvida da sua competência, por nunca haver ocupada cargo político.

– Cristina responde: vamos comparação de quem tem mais competência. A Cristina que fez quase 300 mil votos sem gastar um real de dinheiro público, ou Eduardo que fez quase a mesma votação com gasto de R$12 milhões fora as arrecadações com jantares de doações para campanha?

– Eduardo disse, que a proposa da candidata Cristina seria de aumentar a passagem do ônibus, para quem mora longe ou que usa o sitema transporte integrado.

-Cristina respondeu, que o candidato está desesperado, espalhando falsas informações disfarçada de notícias nas mídias dos ônibus. Reafirmou que quando assumir a prefeitura as passagens não vão ficar mais cara que os R$6,00 para os moradores que moram longe, que vai ficar mais barata para os que moram perto, que usam os transporte público para curtas distâncias.

– Eduardo chamou pejorativamente a renomada Dra. Raissa Soares, de “Dra cloroquina”, e criticou duramente a candidata Cristina por convidar uma médica de outro estado para ser a futura secretária da Saúde de Curitiba. (O governador Ratinho Junior (PSD) trouxe de outros estados vários secretários como: o Renato Feder de São Paulo e Renê Garcia Junior do RJ, Cleber Mattos).

– Cristina disse que Dra. Raissa Soares é uma médica mineira, foi aceita pela diretoria do CRM e pela equipe que ajudou a desenhar seu projeto de campanha, revolucionou o trabalho de Saúde em Porto Seguro na Bahia, por isso foi convidada.

– Eduardo disse que a Cristina não tem experiência e não conhece a cidade, que isso levaria até três anos para aprender ser prefeito. O que poderá causar colapso na cidade.

– Cristina respondeu que Eduardo vai levar três anos porque vice não é prefeito, e nada aprendeu. Eduardo só ocupou cargo público com altos salários, inclusive trabalhou com o ex-governador Beto Richa, na época das investigações de corrupção que foi apurado pela Operação Quadro Negro.

DIREITO DE RESPOSTA

Eduardo Pimentel justificou que o Nelson Slaviero era um tio de segundo grau, distante da família. E a prisão ocorreu por questão trabalhista.

Fabiano Santos, presidente do PMB, disse que é contador e seus clientes fez declarações erradas na qual ele confiou. Os clientes foram absorvidos, ele foi condenado porque seu advogado morreu durante a pandemia da Covid, e o processo foi julgado sem os embargos declaratórios. Mas, que cumpriu as penas e nada deve a justiça.

Jairo Filho, justificou que era socio de uma empresa de negócios financeiros, e o processo foi contra seu sócio, porém, ele foi arrolado no processo, porque responde solidariamente pela empresa.

PARCERIAS

Não muito raro, o candidato se utiliza da parceria que tem com diversas mídias, para divulgar suas opiniões, propagandas veladas, ou ataques ao adversário, que são publicadas em forma de notícias. Isso proporciona uma grande vantagem para quem tem a máquina pública nas mãos. O toma-lá-dá-cá, comumente acontece na política brasileira, na qual o gestor se torna dono do dinheiro público, e distribui para as mídias de acordo com seu grau de comprometimento.