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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) realizou na sexta-feira (29) a primeira captação no mercado de capitais do País através das Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCDs). A emissão pioneira do novo título de renda fixa alcançou o valor de R$ 71,5 milhões, marcando o início das operações do novo instrumento que permitirá ampliar a oferta de crédito, em especial para promover o desenvolvimento sustentável do setor industrial.
O BRDE planeja fechar o ano com R$ 266 milhões em captações via LCDs. O valor equivale ao limite para 2024 autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O vice-presidente de diretor de Operações do BRDE, Renê Garcia Júnior, considera que os recursos captados nessa modalidade permitem colocar linhas de empréstimos e de financiamento com taxas adequadas e atrativas, em conformidade com as expectativas dos clientes tomadores, assim como as condições de disponibilidade de capital e solidez do banco. “Dessa forma, também possibilita que investidores apostem nesse recurso e na aquisição dessa letra de crédito para o desenvolvimento”, afirma.
A primeira operação ocorreu poucos dias após concluída a regulamentação por parte do CMN e da habilitação formal da B3 como unidade depositária dos papéis oferecidas por bancos e corretoras. Voltadas a impulsionar o desenvolvimento sustentável, as LCDs terão isenção de Imposto de Renda para investidores Pessoa Física, a exemplo do que ocorre com as LCAs. O título de crédito de livre negociação no mercado será emitido apenas por bancos de desenvolvimento, com limite anual de captação de R$ 10 bilhões por instituição.
No mês passado, o BRDE alcançou uma marca histórica ao atingir o volume de R$ 509 milhões em captações junto ao mercado de capitais. O maior destaque segue relacionado aos títulos destinados a financiar o setor agropecuário, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que representam R$ 353,6 milhões.
No Paraná, o primeiro contrato com repasses de recursos em Letras de Crédito do Agronegócio foi no valor de R$ 30 milhões, firmado com a Cooperativa Frimesa, localizada em Medianeira, que aplicou o empréstimo em capital de giro, para melhorar o fluxo operacional das indústrias da cooperativa.
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